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Curso de História da UFG está entre os dez melhores do Brasil

Em 14/11/25 10:46. Atualizada em 14/11/25 10:53.

Foi publicado nesta semana o resultado 2025 do Ranking Universitário da Folha (RUF).

Curso de História UFG aparece pela primeira vez entre os dez primeiros do país.

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Na última segunda-feira, o tradicional Ranking Universitário da Folha (RUF) publicou o resultado de sua avaliação das Universidades e cursos superiores do país. A Universidade Federal de Goiás apareceu entre as treze melhores Instituições de Ensino Superior do país. Em 2024, ela havia sido classificada na 19ª posição no RUF. O curso de História da UFG, pela primeira vez, apareceu entre os dez melhores do país. O RUF considera seis critérios para chegar à avaliação de cada Universidade e de cada curso e é considerado um dos mais adequados para a avaliação de Universidades brasileiras.

Conversamos com a Professora Fabiana de Souza Fredrigo, Diretora da Faculdade de História da UFG, sobre essa avaliação, sua gestão e os planos para os próximos anos da Unidade Acadêmica.

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- Em 2025, comemoram-se os 60 anos de criação do curso de História da UFG. Como vocês receberam a notícia de que o curso está entre os dez melhores do país e como avaliam essa classificação?

Professora Fabiana Fredrigo –

Recebemos a notícia com muita alegria e orgulho. Entendemos que ela é a expressão de um árduo trabalho coletivo, na Graduação e na Pós-Graduação. O curso de História da UFG é dos mais antigos, tradicionais e importantes do Brasil. Como você lembrou, foi criado em 1965. A história do curso se confunde com a história da própria UFG. Ambos amadureceram e se consolidaram concomitantemente, enfrentando adversidades e trabalhando em defesa da ciência e da Universidade pública, gratuita e laica. Nos últimos 30 anos, o curso vivenciou um processo amplo de renovação e atualização e hoje forma os melhores professores(as) e pesquisadores(as) do país.

Entre 2024 e 2025, recebemos a visita de duas comissões do INEP/MEC, para a avaliação de nossos cursos, modalidades Licenciatura e Bacharelado. O preparo da documentação para a recepção das Comissões permitiu-nos ter a medida exata da formação que oferecemos, da qualificação docente, dos programas ofertados pela UFG e a sua importância para a permanência estudantil e, por fim, das potencialidades a serem criativamente exploradas. Nesse sentido, o retorno das avaliações implicou novos debates na comunidade, que, por sua vez, levaram o grupo a propor mudanças nos projetos pedagógicos, de forma a integrar, ainda mais, ensino, pesquisa e extensão.

Resta acrescentar que o mote, ou slogan, escolhido para nossa comemoração, Passados revisitados e futuros a construir, demonstra que a Faculdade de História, ao examinar sua trajetória (1965-2025), está preparada para elaborar e colocar em prática as mudanças para um futuro que nos parece desafiador, particularmente em nosso campo, exigindo-nos, entre outras tarefas: a lide com a divulgação científica, a expertise com as redes sociais e com a história digital; a promoção de história pública comunitária atuante.

- Quais são os cursos oferecidos hoje pela Faculdade de História?

Professora Fabiana Fredrigo –

Nossa Faculdade atua em todos os níveis de formação superior. Nossa concepção de formação é integrativa e sinérgica. Acreditamos profundamente na importância da educação para o desenvolvimento social, econômico e cultural do país e, por essa razão, atuamos da graduação ao pós-doutoramento. Nossos cursos de mestrado e doutorado receberam uma avaliação excelente do MEC, o que os coloca entre os melhores centros de formação de pesquisadores do país. Apesar de sermos uma unidade relativamente pequena, oferecemos dois cursos de graduação e quatro cursos de pós-graduação. Temos cerca de 500 estudantes e somos uma das unidades que mais produz com qualidade na UFG.

Na Graduação, temos duas modalidades, ambas avaliadas com a nota máxima pelo instrumento do INEP/MEC:

  1. o curso de Licenciatura em História, que, como registrado em nosso Projeto Pedagógico de Curso (PPC), visa formar profissionais compromissados social e politicamente com a docência, capaz de repensar constantemente sua prática, demonstrando formação sólida na área e entendimento do processo de produção do conhecimento histórico. Ademais, este docente historiador deve dedicar-se à colaboração permanente com o espaço escolar, em suas variadas atribuições, expressões e níveis.

  2. o curso de Bacharelado em História, com ênfase em História Pública, que pretende responder à crescente exigência da sociedade por outras formas de produtos sociais e bens culturais oriundos da pesquisa histórica. No caso do Bacharelado, os debates para revisão do nosso Projeto Pedagógico de Curso (PPC) convenceram o grupo da Faculdade de História sobre a relevância e a urgência de formar profissionais aptos a participar, com protagonismo, dos debates acadêmico e público, desenvolvendo pesquisas históricas, atuando em projetos relacionados a políticas públicas no campo da memória e do patrimônio e dinamizando ações no âmbito da História Pública, da História Digital e da divulgação histórica.

No âmbito da Pós-Graduação, temos:

  1. Programa de Pós-Graduação em História (PPGH), que mantém os cursos de Mestrado e Doutorado acadêmicos, com conceito 6 (seis) na CAPES. Com esse conceito, o Programa está na faixa dos cursos de excelência internacional. Como tal, caracteriza-se por uma concepção aberta de história e por um esforço multidisciplinar permanente. Isso o mantém receptivo às inovações na área e criterioso quanto à tradição historiográfica, revisitando-a de forma crítica. O projeto do PPGH desenvolve-se a partir de uma área de concentração, Cultura, Fronteiras e Identidades (que é a estrutura reveladora dos temas-problemas de investigação de docentes e pós-graduandos), e quatro linhas de pesquisa: História, Memória e Imaginários Sociais; Fronteiras, Interculturalidades e Ensino de História; Ideias, Saberes e Escritas da (e na) História; Poder, Sertão e Identidades.

  2. Programa Profissional em Ensino de História (ProfHistória), organizado em rede nacional, cuja liderança cabe à UFRJ, oferece os cursos de Mestrado e Doutorado. Tendo alcançado conceito 5 na última avaliação, o PROFHISTÓRIA busca a formação continuada de professores de História voltados à inovação na sala de aula e à reflexão sobre diferentes usos da informação de natureza histórica, na sociedade contemporânea. O conceito mencionado qualifica o Programa como sendo de excelência nacional.

Cumpre reforçar que os cursos da Faculdade de História, na Graduação e na Pós-Graduação, interagem, propondo temas, conteúdos, habilidades e práticas que perpassam os projetos pedagógicos da Licenciatura e do Bacharelado e as propostas de programa do PPGH e do PROFHISTÓRIA. Por isso mesmo, os/as estudantes da FH podem cursar disciplinas em níveis de ensino distintos e buscar o aproveitamento. Aqui, a questão não é apenas burocrática, mas, sim, aponta para uma concepção de história e de formação. Aliás, preservamos tanto os conteúdos disciplinares da área quanto buscamos diálogos inter e transdisciplinares.

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- Em 2026, você chega ao último ano de seu mandato. Quais são os planos para essa reta final?

Professora Fabiana Fredrigo –

A pretensão é entregar uma Faculdade de História aberta à inovação e certa de seu papel na universidade e na sociedade. Assim, creio que, observando o agora, o principal desafio é consolidar a proposta do Bacharelado em História, com ênfase em História Pública. Para tanto, é preciso redobrar a atenção aos resultados que, certamente, advirão de uma produção teórica e técnica diferenciada, que visa ao diálogo com públicos variados, não apenas acadêmico.

Propomos realmente um curso diferente, em que a extensão se encontra curricularizada por meio de 5 Oficinas, cuja meta é fomentar iniciativas que expressem o compromisso social do curso com a comunidade. Escolhemos os seguintes temas, a serem desenvolvidos nas Oficinas: história pública comunitária; escrituras e experimentação em história pública; audiovisual e história digital; patrimônio histórico e memória; divulgação histórica. O curso ocorre no noturno e as atividades de extensão serão realizadas no âmbito das disciplinas, junto às reflexões sobre a pesquisa e o ensino.

Sem perder a noção de integração, é fundamental fortalecer a Licenciatura, buscando realizar ações conjuntas com o Bacharelado, tais como: equipar o nosso laboratório, que apoia ensino, pesquisa e extensão (LEPEHIS); promover cursos de curta duração que dialoguem com o espaço escolar; propiciar o contato entre estudantes de graduação e pós, egressos, professores das redes pública e privada e pessoas interessadas em História.

A parceria com os Programas de Pós-Graduação é vital, do ponto de vista da formação e da viabilização de atividades acadêmicas. Os Programas são vetores essenciais para a constituição de um espaço no qual pesquisa, ensino e extensão se nutrem, construindo um ambiente acadêmico em que a história se faz e se produz na sala de aula e fora dela, nos colóquios, seminários, eventos nacionais e internacionais e etc.

O planejamento e as tarefas acadêmicas dependem também do apoio técnico-administrativo. Por isso, a Secretaria da Faculdade de História é um ambiente que merece atenção. É preciso aprimorar constantemente processos que permitam um atendimento ágil, focado e resolutivo, para o público em geral. Nossa intenção é garantir uma ambiência, que já existe, em que a interação e a organicidade possam ser perceptíveis nos fluxos, nas tarefas organizacionais e na comunicação interna e externa.

Realizar o descrito resume-se em trabalhar por um ambiente acadêmico livre, criativo e saudável, que povoe a Faculdade de História com pessoas que queiram estar ali para dialogar, produzir conhecimento e transformar seu entorno.

- Gostaria de deixar uma última palavra?

Sim, uma última consideração: não poderia terminar essa entrevista sem reiterar que eu sou apenas uma representante oficial da Faculdade de História. Nosso trabalho é coletivo. Assim, gostaria de agradecer, de maneira específica, às coordenações de Licenciatura e Bacharelado, aos gestores da Pós-Graduação e ao corpo técnico-administrativo que apoiaram esta direção, desde o início do mandato, em 2023. Estendo meus cumprimentos e agradecimentos a cada docente da Faculdade de História, que realiza, conforme as perspectivas de seu campo, ensino, pesquisa e extensão; e a cada um/a de nossos/as estudantes, futuros profissionais da História que, com certeza, nos orgulharão, transcendendo a formação obtida na FH.



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