Graduação - Bacharelado - Res. 1410/2016

En 09/08/17 01:52 Actualizado en 09/08/17 01:52

 

Graduação - Bacharelado     

 

Resolução CEPEC Nº 1410/2016 - Fixa o currículo pleno do curso de graduação em História - modalidade Licenciatura, para os alunos do Câmpus de Goiânia, ingressos a partir do ano letivo de 2015. Palavra chave: Graduação; Curriculo; História. Baixar 

 

   O curso de História teve sua origem no Centro de Estudos Brasileiros, instalado pela Resolução CFE/MEC nº 12, de 1962. Este Centro foi idealizado na “Semana de Planejamento”, realizada pela Universidade Federal de Goiás por sugestão do professor Darcy Ribeiro, então Reitor da Universidade de Brasília, e do professor Agostinho Silva, também daquela instituição de ensino.

   O Centro de Estudos Brasileiros reuniu intelectuais goianos de renome e abriu espaço para a estruturação de uma área de conhecimento direcionada para os estudos regionais, inicialmente com um curso de Introdução aos Estudos Goianos. (UFG 40 anos: Memória e Vida) Com o regime militar de 1964, o Centro de Estudos Brasileiros foi extinto por intermédio da Portaria MEC nº 274, de 03 de dezembro daquele ano, ocorrendo uma adequação das disciplinas ministradas à Faculdade de Filosofia Ciências e Letras da Universidade. Em 1965, foram criados os cursos de História e Geografia, quando foi aprovado o Regimento da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da UFG, através do Parecer nº 508, de 15 de junho (Documenta 38, junho-1965, CFE/MEC, p. 45). O curso de História foi reconhecido por meio do Decreto nº 63636, de 19 de novembro de 1968, conforme solicitação do Reitor Jerônimo Geraldo de Queiroz. (D0 25/11/1968, p. 102-17; Documenta 94, novembro-1968, CFE/MEC, p. 141).

   Com a Reforma Universitária, houve um plano de reestruturação da universidade brasileira, idealizado a partir do acordo MEC/USAID, deflagrado pelas Leis nº 5540 de 28 de novembro de 1968 e nº 5692 de 1971 e pelo Decreto nº 63817 de 16 de dezembro de 1968. Foi extinto o sistema de cátedras (Decreto nº 53), ocorrendo o desmembramento das unidades existentes em Institutos e Faculdades, com funções diferenciadas e a centralização de matrículas e de inscrições aos vestibulares, que anteriormente eram feitas nas diversas unidades.

   Nesse mesmo processo, a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras foi desmembrada, dando origem ao Instituto de Ciências Humanas e Letras, ao Instituto de Química e Geociências e à Faculdade de Educação. O curso de História foi vinculado ao Instituto de Ciências Humanas e Letras. No contexto da Reforma Universitária, a Universidade Federal de Goiás adotou, entre os anos de 1969 e 1984, o sistema de créditos, em regime semestral, em substituição ao regime seriado em vigor até então.

   No início dos anos 1980, houve uma série de discussões no interior da Universidade, questionando as implicações da Reforma Universitária na formação dos alunos. Em 11 de junho de 1982, uma comissão designada pela Portaria nº 525 para “avaliar o regime de créditos da UFG e propor possíveis reformulações” (Relatório da Comissão designada pela Portaria 00425 – O Ensino de Graduação – Contribuições para o Debate. Goiânia, l996, p.7) apresentou um relatório que apontava a desvantagem do sistema de créditos para a vida universitária.

   Em função desses debates e a partir da realização do I Simpósio de Graduação, em 1983, foi implantado em 1984 o regime seriado, em substituição ao de créditos. Neste sistema, foram introduzidas algumas mudanças em relação ao regime seriado existente antes da Reforma de 1968. Tal implantação deu-se com base em princípios e critérios definidos pelo referido Simpósio e normatizados pela Resolução CCEP 184/83-, enfatizando que “a opção pelo regime seriado justificou-se pela urgência em se resgatar a unidade do curso, organizando as disciplinas em torno de um eixo epistemológico que possibilitasse traçar, com maior clareza, o perfil do profissional, garantindo-lhe uma formação básica”. (A discussão da Licenciatura na UFG - Breve Histórico. Caderno nº 1 do Fórum de Licenciatura, 1993 p. 10).

   Por ocasião dessa reformulação, o Departamento de História implantou um novo currículo para o curso de graduação, a partir da Resolução CCEP 219/84, de 03/02/ 1984. O currículo da licenciatura propunha-se a formar professores para a escola de 1º e 2º graus, enquanto que o currículo do bacharelado destinava-se à formação de pesquisadores na área (Parecer 377/62, de 19/12/1962).

   O novo currículo fixava a duração de quatro anos para o curso. Apesar das habilitações de Licenciatura e Bacharelado estarem separadas, o artigo 6º previa que poderiam ser cursadas simultaneamente. O currículo da licenciatura compreendia as disciplinas do currículo mínimo (Parecer 377/62, de 19/12/1962), as disciplinas e atividades complementares e as disciplinas pedagógicas (Res. 09, de 10/10/69) num total de 2788 horas. A elaboração da monografia seria orientada por um professor e examinada por uma banca constituída por dois professores do departamento.

  O currículo continha ainda as seguintes propostas: a integração de todas as disciplinas de um mesmo ano letivo, a obrigatoriedade de trabalho conjunto de todos os professores das disciplinas de um mesmo ano letivo, a introdução da pesquisa histórica no curso; prioridade, em termos de carga horária, para a época contemporânea, maior ênfase no curso à História Regional, a introdução das atividades complementares, com cem horas de duração. Desta forma, buscava-se, através de atividades variadas, como cursos, seminários, pesquisas, visitas a arquivos e escolas, estudos dirigidos, etc., complementar à formação do aluno de História, colocando-o em contato com questões não contempladas diretamente pelo currículo.

   Em 6 de novembro de 1990, através da Resolução CCEP 309/90, o curso de História passou a destinar-se à formação de professores de matérias específicas da área, para as escolas de 1º e 2º graus e áreas afins e pesquisadores em História, oferecendo simultaneamente os graus de Licenciatura e Bacharelado. A elaboração da monografia final passou a ser obrigatória para todos os alunos e sua defesa seria realizada diante de docentes do Departamento. O currículo pleno do curso compreendia as disciplinas do currículo mínimo, as disciplinas e atividades complementares e as disciplinas pedagógicas, num total de 3044 horas. A conclusão do curso dar-se-ia em cinco anos.

   Entretanto, revogou-se o artigo 6º da Resolução anterior, que possibilitava cursar simultaneamente o 4º e o 5º anos, desde que em turnos alternados.
De acordo com a Portaria nº 3435, de 04 de dezembro de 1996, com a reestruturação acadêmica e administrativa da UFG, os três Institutos básicos – Instituto de Matemática e Física, Instituto de Ciências Humanas e Letras e Instituto de Química e Geociências, foram desmembrados em oito unidades acadêmicas. Foi criada, então, a Faculdade de Ciências Humanas e Filosofia, na qual o curso de História está inserido.

   A Resolução CCEP 395/95, de 12 de dezembro de 1995, fixou novo currículo para o curso de História, para os alunos que ingressaram a partir de 1996. Anteriormente a esta resolução já existia uma proposta curricular para substituir a Resolução CCEP 309/90.

   Perfil esperado do graduando: habilidades e competências

   O profissional, com o curso, deverá:

  1. ter uma formação básica sólida na área específica de conhecimento;
  2. dominar as linhas gerais do processo histórico em suas várias dimensões e conhecer as principais vertentes teóricas que orientam as análises histórica;
  3. estar capacitado a realizar a articulação entre informação e teoria de forma crítica nas atividades de pesquisa e docência de 1º e 2º graus;
  4. ser capaz de atuar no sentido da melhoria do ensino de 1º e 2º graus, no principal espaço social do ofício: a escola;
  5. ser capaz de transmitir os conteúdos utilizando as metodologias e técnicas específicas.